O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando aceitar a doação de um Boeing 747-8 da família real do Catar. Esse avião pode substituir o atual Air Force One, que é usado para as viagens presidenciais.
Avaliado em cerca de 400 milhões de dólares, o Boeing 747-8 se tornaria um dos presentes mais caros dados a um governo americano. A informação sobre a doação deve ser anunciada na próxima semana, durante uma visita de Trump ao Catar. Essa viagem faz parte de sua agenda internacional, e, caso a doação se concretize, o avião seria entregue para a fundação da biblioteca do presidente após seu mandato. Historicamente, esse tipo de situação já aconteceu antes; o ex-presidente Ronald Reagan, por exemplo, viu seu Air Force One se tornar parte de sua fundação e ser transformado em um museu.
O Boeing 747-8 é o maior de sua linha, podendo acomodar até 500 passageiros em sua configuração comercial. Após a aprovação do governo americano, a aeronave passaria por uma modernização na empresa L3Harris, localizada no Texas. As atualizações incluirão tecnologia avançada em sistemas de navegação e comunicação, além de adaptações internas para atender as necessidades de um presidente.
O Air Force One atual é um Boeing 747-200B, que já vem com adaptação para reabastecimento em voo e capacidade para viagens longas. O novo modelo, descrito pela Boeing como um “Salão Oval Voador”, possui 370 metros quadrados de espaço interno, que inclui salas de reunião, áreas para refeições, escritórios e acomodações para Trump e sua esposa. O avião também disponibiliza um consultório que pode ser convertido em uma unidade médica, além de áreas para descanso da equipe presidencial e duas cozinhas capazes de preparar até 100 refeições simultaneamente.
Em relação à eficiência, o 747-8 é elogiado por seu baixo consumo de combustível e motores que geram 30% menos ruído em comparação com modelos anteriores. A modernização do avião presidencial não só incluirá novas acomodações, mas também um gabinete presidencial para ser utilizado durante as viagens internacionais. A formalização da transação, no entanto, ainda depende da aprovação do governo dos Estados Unidos.