Durante o atual conclave da Igreja Católica, muitos fiéis se questionam sobre a batina, vestimenta usada por seminaristas, diáconos, padres, bispos, cardeais e pelo papa. Essa peça, também conhecida como sotaina, varia em cores de acordo com a hierarquia dentro do clero católico.
A batina tem raízes históricas, originando-se do hábito de monges que viviam no deserto e evoluindo ao longo dos séculos. Usada pelos líderes da Igreja, ela possui um simbolismo profundo ligado à vida espiritual. Tradicionalmente preta, a batina representa a renúncia ao mundo material e a dedicação plena do sacerdote à vida religiosa.
O colarinho branco que acompanha a batina simboliza pureza e santidade, valores essenciais no sacerdócio. Outro detalhe significativo são os 33 botões na frente da peça, número que representa a idade de Jesus Cristo, que foi crucificado aos 33 anos. Nos punhos, cada manga tem cinco botões, fazendo referência às cinco chagas de Cristo, ressaltando a conexão do sacerdote com a Paixão.
A faixa, conhecida como fáscia, também varia de cor de acordo com a função eclesiástica. Padres usam faixa preta; bispos, roxa; cardeais, vermelha; e o papa, branca. Esses detalhes ajudam a identificar a hierarquia, semelhantes aos graus em esportes de luta ou nas forças armadas.
A batina não é apenas um uniforme, mas um símbolo de fé e dedicação. Com a popularização das redes sociais, muitos padres compartilham imagens suas com a batina, acompanhadas de reflexões sobre o sacerdócio.
Embora o uso da batina tenha se tornado menos comum após o Concílio Vaticano II, sua adoção como traje oficial do clero foi incentivada pelo Papa Gregório VII no século XI, que queria diferenciar claramente os mundos secular e religioso. Muitos padres ainda optam por usar a batina como um sinal visível de sua vocação e compromisso religioso.