Os cardeais da Igreja Católica Romana estão se preparando para o conclave que irá eleger um novo papa. O evento está marcado para começar no dia 7 de maio, na Capela Sistina, e acontece após a morte do Papa Francisco, que ocorreu no mês passado.
A expectativa é que esse conclave mostre unidade e estabilidade dentro da Igreja, evitando qualquer aparência de divisão. O cardeal Gregorio Rosa Chávez, de El Salvador, mencionou que o processo deve durar no máximo três dias, o que demonstra o desejo de um consenso rápido entre os cardeais.
Historicamente, conclaves que duram pouco tempo transmitem uma mensagem de coesão. Nos últimos dez conclaves, a duração média foi de dois a três dias. Por exemplo, as eleições dos papas Bento 16 e Francisco foram concluídas em apenas dois dias.
Durante o conclave, ocorrerão votações secretas até que um candidato consiga obter dois terços dos votos dos cardeais. Se, após três dias, não for escolhido um papa, haverá uma pausa de um dia para oração antes de retomarem as votações. Essa pausa pode ser crucial, pois pode indicar a necessidade de buscar um candidato que seja aceito por todos.
Entre os cardeais participantes, alguns já são vistos como fortes candidatos. Os italianos Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle estão entre os favoritos. Outros possíveis papáveis podem surgir durante as reuniões gerais, onde os cardeais discutem o futuro da Igreja.
A primeira votação, que ocorrerá na tarde do primeiro dia, é uma oportunidade para os cardeais sugerirem nomes informalmente. Nessa etapa, os votos são simbólicos e servem para demonstrar respeito ou amizade. A partir do segundo dia, as votações se tornam mais formais, com duas sendo realizadas pela manhã e duas à tarde.
É importante destacar que cerca de 80% dos cardeais que participarão desse conclave foram nomeados pelo Papa Francisco. Muitos deles vêm de regiões onde a Igreja está buscando fortalecer sua presença.